domingo, 31 de agosto de 2014

UMA QUESTÃO DE GOSTO E DIFERENÇA

Antonio Evandro
"Quando se dirige a palavra a alguém, principalmente de forma grosseria, você estar revelando o que realmente tem dentro de si e não provando que a pessoa apontada é o que você falou. O homem fala daquilo que o coração ta cheio".
Cada pessoa tem sua forma particular de interpretar o que ver e o que acontece ao seu redor. Diante de uma situação varias pessoas podem ter pontos de vistas diferentes, isto não necessariamente significa que uns sabem mais que outros e sim há saberes diferentes. É óbvio que existam pessoas que são mais aprofundadas em determinados assuntos, mas isto não significa saber tudo. Aí é que entra em cena a questão das diferenças. Lidar com elas não é tarefa fácil, haja visto que nem todos têm o devido preparo para tal e isto pode ser um grande desafio para determinadas  pessoas.
Cada homem tem dentro de si sentimentos e emoções que o sensibilizam a agir conforme ele seja despertado. Sentimentos de raiva, ódio, vingança e justiça própria entre outros são muito peculiar a cada pessoa. É normal que de vez por outra sejamos despertados a agir diante de uma situação que aconteça algo contra a nossa vontade, seja uma discordância ou uma crítica ou até mesmo uma ofensa pessoal. Quando isto nos acontece de imediato somo impulsionados a agir da mesma forma, pois toda ação gera uma reação. Daí entra em cena o equilíbrio de cada pessoa, pois nem sempre é fácil deter o próprio instinto, e como diz um ditado: “o homem que domina o outro pode ter muita força, mas quem domina a si mesmo tem o verdadeiro poder”.
Responder uma ofensa da mesma forma não é uma atitude sábia e nem inteligente. Muitas vezes o silencio fala mais alto e de forma mais convincente do que as palavras. Não responder a certas afrontas não significa sinal de moleza ou covardia por parte da pessoa ofendida, e sim prudência. De acordo com Freud: “O homem é dono do que cala e escravo do que fala”. S. Tiago também afirmou: “todo homem esteja pronto para ouvir, tardio para falar e tardio para se irar”.
Quando se dirige a palavra a alguém, principalmente de forma grosseria, você estar revelando o que realmente tem dentro de si e não provando que a pessoa apontada é o que você falou. O homem fala daquilo que o coração ta cheio.
Ser realista e falar o que o pensa não significa ofender de forma deliberada as pessoas. Podemos discordar de pensamentos ou de preferência dos outros, contudo isto não nos dar o direito de desrespeitá-las. Um exemplo: podemos detestar o cigarro, mas nada contra a pessoa que é fumante. Este é um problema que certas pessoas não sabem diferenciar. Cada individuo tem o direito de ser o que quiser, seguir o que achar melhor, isto não o torna melhor e nem pior, apenas diferente.
Não concordar com a atitude de uma pessoa ou instituição isto não significa que ela tenha ódio aquilo que se faz referencia.
O ódio é uma péssima companhia para quem o conduz, pois apenas traz destruição a quem o alimenta. Ele é uma espécie de prisão para quem o guarda consigo. Vale ressaltar que pessoas felizes e otimistas não carregam dentro de si sentimento de ódio e de vingança própria. Há de se considerar que: “o mal por si mesmo se destrói”.
Então ser livre de maus sentimentos é sem duvidas a melhor forma de viver em um mundo onde há pessoas individualistas, intolerantes e vingativas.

(Antonio Evandro)

domingo, 17 de agosto de 2014

PESSOAS & COMPORTAMENTOS

Divulgação
"Desta forma podemos afirmar que cada pessoa tem sua própria personalidade sendo que cada um é diferente dos demais, afinal não somos cópias dos outros".
Hoje em dia não é tarefa fácil termos a coragem e ousadia de falar o que pensamos. Isso sem dúvidas bate de frente com opiniões diferentes e nem todos tem a humildade de respeitar o que o outro tenha a dizer.
É importante que cada pessoa exponha suas idéias, haja visto que elas variam como cada pessoa ver e analisa as coisas no seu dia a dia. Elas podem ser reais ou abstratas, e são elaborações intelectuais conforme o conhecimento de cada indivíduo. Podemos afirmar que cada pessoa independente de sua classe social tem suas idéias próprias. Dizer que alguém não possui “idéias” pode ser interpretado como pensamento de mente mesquinha e calculista que visa defender as próprias conveniências.
Subestimar as pessoas por pensarem diferentes e ofendê-las de forma pessoal não é característica de quem age pela a razão, e sim manipulados por impulsos de  descontroles emocionais.
Outro fator é a personalidade própria, pois esta pode ser definida como suas próprias escolhas de vida, histórias e modo de ver as coisas. Desta forma podemos afirmar que cada pessoa tem sua própria personalidade sendo que cada um é diferente dos demais, afinal não somos cópias dos outros. Rotular alguém com afirmação que: “não tem personalidade”, pode ser conceitos de indivíduos frustrados que vivem o desprazer da própria derrota, e no amargor de sua arrogância, sucumbindo como víboras peçonhentas que se tornam vitimas da letalidade do próprio veneno. No auge de seu desespero, “atiram” para todos os lados a fim de alvejar quem se atreva a falar algo em contrário aos seus pontos de vistas.
É importante considerar os avanços e mudanças no meio político, religioso ou outros segmentos da sociedade, porem não podemos cruzar os braços diante de algo que discordamos ou de erros, dando nossa opinião, (seja a favor ou contraria) mesmo que ela seja contestada a respeito de qualquer situação. Não é dizendo sim a tudo e compactuando com desmandos nos segmentos políticos governistas que contribuímos para melhoria deste país. As críticas devem existir, elas fazem parte do processo democrático, e como dizia Ayaan Hirsi Ali: “onde não se pode criticar, todos os elogios são suspeitos”.
Outra situação a ser considerada, são os juízos de valores que indivíduos atribuem a outros de forma arbitrária a fim de anarquizar quem não compactua com suas idéias pessoais como se eles fossem detentores absolutos da verdade. Isto é típico de pessoas fundamentalistas e mal amadas, alienadas ao próprio erro e por não terem o bom senso para o diálogo, rotulam disto ou daquilo seus discordantes.
Para vivermos bem devemos respeitar as diferenças entre os povos, pois o respeito é regra base de uma boa convivência. E se você quer ter o respeito das pessoas, aprenda a respeitar, pois isto é semelhante a uma mão dupla, é dando que se recebe!
Fica a dica.


Por Antonio Evandro

segunda-feira, 2 de junho de 2014

O AGENTE DE SAÚDE E SUAS AÇÕES

Foto: divulgação
'Pode até alguém que não conhece o trabalho árduo dos ACS, acharem que a categoria poderá estar querendo fazer “corpo mole” diante disto. Mas para esclarecer os menos avisados as ações a serem e que são desenvolvidas pelos ACS de acordo com a Portaria 2488/2011 MS'.
Os agentes comunitários de saúde estão apreensivos (pelo menos eu posso assim falar) com a nova determinação que nos veio através da secretaria de saúde que é a realização do E-SUS. É claro que não podemos culpar a secretaria municipal e nem seus representantes legais por isso, haja vista que os mesmos cumprem normas de instancias superior. Vale ressaltar que a solicitação desta gama de informação é oriunda do Ministério da Saúde - Governo Federal.
São formulários repletos de informações e que nem todos ACS, principalmente os mais veteranos e com pouco grau de instrução terão condições de fazerem de forma correta, haja visto que nenhum deles passaram por capacitação relacionada a isto. Um fato semelhante foi o cadastro do Cartão dos SUS que no ano de 2003 o Ministério da Saúde repassou recursos para as prefeituras para que estas contratassem pessoas para realizarem o devido cadastro. Mas muitos gestores não levaram a sério e o cadastro do Cartão do SUS, acabou desaguando mais tarde nas costas dos agentes comunitários de saúde, mesmo não sendo responsabilidade destes a realização do devido trabalho.
Como se não bastasse o leque de ações a serem realizadas pelos agentes comunitários de saúde, mais uma determinação de conteúdo truculento é atribuída a categoria.
Pode até alguém que não conhece o trabalho árduo dos ACS, acharem que a categoria poderá estar querendo fazer “corpo mole” diante disto. Mas para esclarecer os menos avisados as ações a serem e que são desenvolvidas pelos ACS de acordo com a Portaria 2488/2011 MS, as seguintes:
1 - trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea;
2 - cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados;
3 - orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis;
4 - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
5 - acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade;
6 - desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS;
7 - desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, como por exemplo, combate à Dengue;
8 - estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde;
Também são realizados pelos os ACS: pesagem de crianças menores de 2 anos e acompanhamentos vacinais. Identificar gestantes e encaminhá-las os UBS para a realização do pré-natal. Acompanhar hipertensos e diabéticos, hansenianos e pessoas com TB na comunidade. Informar sobre nascidos vivos ou mortos, óbitos e números de internamentos durante cada mês. Tudo isto sem contar com as inferências que de vez por outra surgem como forma transversal nas atividades dos agentes comunitários de saúde, a exemplo dos programas sociais do governo federal, (bolsa família e Sisvan), e imunização anti-rábica (vacinação canina) entre outras.
O que não é competência do agente comunitário de saúde (embora exista alguns que de forma ingênua realizem), haja visto que a categoria não tem formação legal para isto:
1 - Medir pressão, glicemia, pois isto é competência dos Técnicos de Enfermagens das USB;
2 – conduzir algum paciente para hospital, pois isto é de responsabilidade dos  familiares;
3 – cadastrar desnutridos para o programa Leite é Vida, isto é responsabilidade da pessoa da área de nutrição do município;
4 – conduzir em suas bolsas de trabalho qualquer tipo de medicamentos para pacientes, salvo com receita médica, mas isto é uma ação voluntaria;
5 – nenhuma outra função de cunho assistencialista.
Agora salientamos que: o governo inova com uma série de ações que abarrotam o trabalho destes profissionais exigindo tanta perfecção com cadastro, anotações de números de Cartão do SUS, etc, nas visitas dos ACS, e pouco se preocupam com a saúde destes trabalhadores. Por outro lado em nosso país há hospitais sucateados, e pacientes morrendo sem atendimento e sem contar aqueles sem condições de comprar determinadas medicações. Gestantes dando a luz dentro de carros, ou mesmo em calçada de hospitais. O povo pobre é sempre humilhado e tem que enfrentar uma longa fila de espera caso necessite de um atendimento mais especializado.
De que adianta tanta “modernidade”, e exigir tanto trabalho daqueles que atuam nas pontas da Atenção Básica se o nosso povo continua sendo tratado de forma inigualada?
Então cabe a cada um pensar e refletir e ter noção a que tipo de políticas de governo estamos expostos. Nós pagamos tudo através de nossos impostos, porém não somos reconhecidos como deveríamos.


Por: Antonio Evandro